terça-feira, 29 de dezembro de 2009

TECNOLOGIA E INTIMIDADE

   Eu sempre me interessei por novas tecnologias; lembro-me de ter comprado um computador gradiente na Mesbla, quando essa novidade  ainda exigia  a digitação de códigos imensos para pobres resultados.Mas até hoje, com a facilidade da internet, Google e semelhantes, nunca me apaixonei pelas conversas virtuais. Tem alguma coisa no imediatismo das respostas e dos contatos que talvez me assustem.
Noto que amigos da minha geração e das anteriores também preferem comunicar sua amizade através do meio mais tradicional: A carta. Profissionalmente, envio muitos e-mails e acho muito prático mas , na esfera da amizade, sinto falta da espera pelo correio tradicional,quando eu fazia o cálculo de em quantos dias a minha carta chegaria  ao seu destino,com a descrição de minhas novidades e do meu carinho. Havia  a exigência de um espaço de tempo  para realizar o meu desejo de resposta, de notícias .Havia a prática da paciência , nem um pouco incentivada em nosso  mundo  de bits e chips, mas  sempre necessária.
   Relações,comprometimento e intimidade  podem ser  falseados nos namoros virtuais (não somente neles, é claro) .Martha Medeiros, em sua coluna na Revista Globo de 29/11, escreve muito bem sobre "Falsa Intimidade": Leiam na minha próxima postagem.