segunda-feira, 24 de agosto de 2009

UMA LUFADA DE ESPERANÇA

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Cultura como índice de desenvolvimento
Esta semana, o combate das desigualdades sociais foi pauta de diversas discussões, inclusive na 55ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitos, realizada no Rio de janeiro. Se este é um problema evidente em todo o País, a cultura é um indicador seguro de quanto isso influi na vida das pessoas. As desigualdades que se colocam hoje no Brasil, se expressam também nas questões culturais. Muitas cidades, segundo pesquisa do MINC, não têm um cinema. Se olharmos os dados das políticas sociais, redes de serviços, mortalidade materno-infantil, doenças endêmicas, rede de escolas, veremos que onde não tem cinema, teatro, onde não há acesso às políticas e aos bens culturais também não há hospital. São lugares onde a mortalidade materno-infantil é maior, onde a pobreza é maior, onde o analfabetismo é maior, onde a dificuldade de letrar as pessoas é maior.
Isso não quer dizer que as pessoas que vivem nesses locais não produzem cultura ou têm criatividade menor. Mas elas são invisíveis. A invisibilidade dessa produção criativa, desse potencial é diretamente proporcional à pobreza, ao menor Índice de Desenvolvimento Humano. Cabe ao Estado atuar aí. O Estado não cria, mas formula, conceitua, determina para que ou para quem e quais são as prioridades políticas. O Estado não é um mero repassador de dinheiro, não é um mediador de interesses localizados. Tem um papel e, dependendo de como se conceitua, de como se comporta, impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A desigualdade social e econômica reflete a desigualdade de rede de serviços educacionais e culturais, o analfabetismo, a dificuldade de acesso ao progresso científico e tecnológico.
Por isso, a política cultural não é complementar.Cultura é direito à cidade, ao território, à história,à liberdade, à diferença, é direito de pertencer a algum lugar e de pertencer a uma nação. Cultura é o que entrelaça o desenvolvimento econômico e o humano, daí sua centralidade e transversalidade em todas as áreas da administração pública e seu papel de indicador do desenvolvimento de uma cidade, uma região ou um País.
Jandira Feghali
Secretária Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

Gostei do que li; senti uma lufada de esperança amenizando a minha decepção referida anteriormente...